A associação "Agir pelos Animais" precisa de ajuda
Presidente da associação promete impedir hoje os funcionários de levar as três dezenas de cães recolhidos para o canil.
O presidente da Agir pelos Animais, Samuel Vieira, assegurou ontem que não permitirá que os técnicos da Câmara de Vila Poiares levem as cerca de três dezenas de cães que mantém num terreno administrado por aquela associação, em Arrifana.
Acusa o presidente da câmara, Jaime Soares, de "abuso de poder", por estar a determinar a saída dos animais quando, no passado, impediu a construção de um canil sem oferecer alternativa. Já o autarca mantém que o executivo municipal aprovou, em 2001, o projecto de uma estrutura daquele género, "num terreno oferecido pela autarquia", cuja licença nunca chegou a ser levantada.
A situação arrasta-se há anos. De acordo com Samuel Vieira, foi há 11 que a associação criou, num terreno emprestado para o efeito, um canil onde, até Junho deste ano, mantinha, em média, 200 cães que haviam sido abandonados. Segundo diz, em 1998, data em que adquiriu um outro terreno, a associação avançou, com o acordo da câmara, para a elaboração de um projecto de canil com todas as características técnicas necessárias ao acolhimento dos animais.
A partir daqui as versões divergem. Samuel Vieira mantém que, depois de colocar "imensas dificuldades à aprovação do projecto", a câmara aceitou a proposta da Agir no sentido de trocar o terreno em causa (situado junto a um bairro municipal) por outro, propriedade da autarquia; mas que, apesar das tentativas de contacto posteriores, a associação não voltou a receber resposta da câmara, pelo que o processo não teve andamento.
Jaime Soares confirma o acordo, mas sublinha que não se tratou de uma troca de terrenos, mas de uma oferta do município. E assegura que o mesmo projecto que fora apresentado pela Agir para o terreno junto ao bairro municipal foi aprovado, em 2001, para o terreno oferecido pelo executivo municipal, "um local sossegado e sem casas próximas". "O ofício foi enviado em carta registada com aviso de recepção, pelo que a Agir não pode dizer que não tem conhecimento", alega Soares.
Certo é que, durante 11 anos, a Agir manteve em funcionamento o canil da Arrifana, que em Junho passado, por ordem camarária, encerrou, transferindo os animais para outro município. "Só que, entretanto, as pessoas continuam a vir aqui abandonar os animais. Que querem que façamos?", reage Samuel Vieira, que não disfarça a revolta provocada pela recepção de um ofício, datado de 9/11/06, em que a autarquia concede um prazo de cinco dias para a retirada dos animais e promete visitar o local hoje, dia 15 de Novembro.
"Amanhã não vamos retirar os animais. Mas, se eles lá se encontrarem, fá-lo-emos até ao fim do mês", afirmou ontem o presidente da câmara ao PÚBLICO. "Fiel aos seus hábitos de prepotência e ilegalidade, [Jaime Soares] ameaça meter dezenas de animais num cubículo de cimento, durante oito dias, à espera do habitual "tratamento" com estricnina", denunciou, num comunicado, Samuel Vieira, para quem "seria preferível abater os animais a deixá-los ir para onde a câmara quer que vão".
Artigo do jornal Público
Para mais informação, visite o site da Agir pelos Animais ou o seu blog.
O presidente da Agir pelos Animais, Samuel Vieira, assegurou ontem que não permitirá que os técnicos da Câmara de Vila Poiares levem as cerca de três dezenas de cães que mantém num terreno administrado por aquela associação, em Arrifana.
Acusa o presidente da câmara, Jaime Soares, de "abuso de poder", por estar a determinar a saída dos animais quando, no passado, impediu a construção de um canil sem oferecer alternativa. Já o autarca mantém que o executivo municipal aprovou, em 2001, o projecto de uma estrutura daquele género, "num terreno oferecido pela autarquia", cuja licença nunca chegou a ser levantada.
A situação arrasta-se há anos. De acordo com Samuel Vieira, foi há 11 que a associação criou, num terreno emprestado para o efeito, um canil onde, até Junho deste ano, mantinha, em média, 200 cães que haviam sido abandonados. Segundo diz, em 1998, data em que adquiriu um outro terreno, a associação avançou, com o acordo da câmara, para a elaboração de um projecto de canil com todas as características técnicas necessárias ao acolhimento dos animais.
A partir daqui as versões divergem. Samuel Vieira mantém que, depois de colocar "imensas dificuldades à aprovação do projecto", a câmara aceitou a proposta da Agir no sentido de trocar o terreno em causa (situado junto a um bairro municipal) por outro, propriedade da autarquia; mas que, apesar das tentativas de contacto posteriores, a associação não voltou a receber resposta da câmara, pelo que o processo não teve andamento.
Jaime Soares confirma o acordo, mas sublinha que não se tratou de uma troca de terrenos, mas de uma oferta do município. E assegura que o mesmo projecto que fora apresentado pela Agir para o terreno junto ao bairro municipal foi aprovado, em 2001, para o terreno oferecido pelo executivo municipal, "um local sossegado e sem casas próximas". "O ofício foi enviado em carta registada com aviso de recepção, pelo que a Agir não pode dizer que não tem conhecimento", alega Soares.
Certo é que, durante 11 anos, a Agir manteve em funcionamento o canil da Arrifana, que em Junho passado, por ordem camarária, encerrou, transferindo os animais para outro município. "Só que, entretanto, as pessoas continuam a vir aqui abandonar os animais. Que querem que façamos?", reage Samuel Vieira, que não disfarça a revolta provocada pela recepção de um ofício, datado de 9/11/06, em que a autarquia concede um prazo de cinco dias para a retirada dos animais e promete visitar o local hoje, dia 15 de Novembro.
"Amanhã não vamos retirar os animais. Mas, se eles lá se encontrarem, fá-lo-emos até ao fim do mês", afirmou ontem o presidente da câmara ao PÚBLICO. "Fiel aos seus hábitos de prepotência e ilegalidade, [Jaime Soares] ameaça meter dezenas de animais num cubículo de cimento, durante oito dias, à espera do habitual "tratamento" com estricnina", denunciou, num comunicado, Samuel Vieira, para quem "seria preferível abater os animais a deixá-los ir para onde a câmara quer que vão".
Artigo do jornal Público
Para mais informação, visite o site da Agir pelos Animais ou o seu blog.
0 Patinhas:
Enviar um comentário
<< Home